Sexta-feira da paixão- celebrando um Cristo Vivo

A mesa de hoje é cheia de simbologia e simples para reunir a família e refletir.

Nosso blog não é de poesia nem filosofia, mas para chegar até o desenho final desta mesa, li bastante nessas duas últimas semanas. Acho que para montar algo verdadeiro temos que entender sobre o que queremos mostrar, ir além dos desenhos de peixinhos.

Li uma opinião muito interessante sobre a sexta-feira da paixão e ouvi uma frase que me tocou muito, com base nessas duas impressões montei essa mesa e esse texto.

O texto que li falava sobre o que significavam esse período “santo” para a Igreja. Discutia-se sobre o “Cristo Vivo” ou o “Cristo Morto” e sobre  a coragem e humildade de alguém que morreu por nós (ou que matamos por tentar nos mostra o que significa “nós”).

Como já disse não sou filósofa, mas sou metida e por isso vou escrever algumas bobagens por aqui……Acho que a nossa reflexão não tem que ser em cima de algo que aconteceu há quase 2000 anos, mas sim sobre algo que infelizmente continua acontecendo 2000 anos depois. A grande verdade é que o Homem foi capaz de trair, torturar e matar Cristo por poder, arrogância, dinheiro ou simples discordância, mas hoje continuamos matando pelos mesmos motivos. Continuamos ignorando a dor e a verdade alheia e nos concentramos na nossa verdade. Mudar isso é manter o Cristo Vivo.

Porém, apesar de tudo, acho que as sementes foram lançadas, muitas floresceram e as palavras e, principalmente, o exemplo de Cristo, se faz presente nas nossas vidas.

Por isso quando fui pensar essa mesa e o cardápio do almoço pensei não só no que gosto, mas no que um homem simples com Cristo me diria. Nada de bacalhau, peixes caros ou orquídeas. Preferi flores simples, tecidos rústicos e nenhum sacrifício de animal.

Acho que para quem gosta de algo menos infantil do que a nossa Mesa de Páscoa ,  essa mesa também é muito bonita para ser usada no domingo.

Fiz um arranjo com flores do campo e ramos de trigo numa base de palha. Acho que nem preciso explicar o significado da flor vermelha no centro do arranjo, não é?

Os marcadores de lugar foram pães dentro de mini chapéis de palha enfeitados com trigo e flor.

Não usei toalha, apenas lugares americanos de algodão em tom cru. Coloquei os talheres dentro de “peixinhos” de tecido.

Para um contraste, preferi pratos com estampa em azul. Eles deram cor a uma mesa bastante sóbria. A cor vinho das taças também foi importante nesse jogo de cores.

Meu prato principal foi risoto de alho poró. Uma delícia. Depois postarei a receita.

Depois das fotos, quero terminar minha reflexão com algo  que ouvi de Adrilles em sua saída do BBB (pois é, tenho coragem de postar isso sim). Perguntado se não era estranho estar feliz mesmo tendo perdido, ele respondeu que perder é relativo, pois a imagem mais vitoriosa da história da humanidade é de um homem em seu maior momento de derrota, morto e pregado em uma cruz. Acho que ele tem razão, apesar de tudo que continuamos a fazer, essa imagem é VIVA e nos mostra que Ele venceu e é essa vitória que temos que celebrar.

Um beijo. Vejam mais fotos.